Felicidade: a busca diária
No dicionário, felicidade é o estado de quem é feliz; sentimento de bem-estar e contentamento. Que nos leva a uma saudável e longa vida. Assim, quem não quer ser feliz? Tem um ditado que diz que alguns se contentam com pouco. Portanto, outros só são felizes com muito. Neste universo de possibilidades, como avaliar a felicidade pessoal? Mais saúde e riqueza são o binômio nosso de cada dia. No tempo em que Paris era a Cidade-Luz, convergência do espírito ocidental, viveu Jean Paul Sartre (1905-1980). Filósofo, criou o movimento existencialista. Sua frase mais conhecida, dramática e de esperança, é: “Mais importante não é o que fizeram de mim, mas o que eu faço com o que fizeram de mim."
Escreveu: “A felicidade não está em fazer o que a gente quer, e sim em querer o que a gente faz.” Por favor, leiam de novo para, assim como eu, assimilar bem a profundidade do pensamento: a diferença entre fazer o que quer (ações futuras) e querer o que a gente faz (ações do presente). Futuro de expectativa ou presente real. Do ideal ser feliz a cada dia. Somos felizes por fazer o que queremos? Ou, ao contrário, somos felizes por querer o que fazemos? Seja trabalho ou lazer, diversão ou filantropia, movimento ou inércia.
Somos felizes em querer o que fazemos. O leitor voraz gosta de ler. O esportista de movimentar o corpo. O viajante de andar. O epicurista de desejos exacerbados. Levados aos extremos, criam perturbações que dificultam o que realmente gera nossa felicidade. Na nossa vida, a infelicidade, seria fruto da má interpretação de nossas necessidades ou prazeres verdadeiros. Quando gostamos do que fazemos, somos muito mais felizes que quando temos apenas a expectativa do fazer o que gostamos.