Análises clínicas: nossa obrigação
Leitores, parentes e amigos externaram interesse, ante o fato contado, do resultado de uma análise clínica malfeita por um laboratório e que levou meus médicos a preocuparem-se com a saúde do escriba. Então, sobre este assunto, uma sugestão, por demais óbvia, merece ser analisada. Afinal, no nosso corpo, não temos um estepe, como em nossos automóveis, para substituir o que precisa reparos. Depende apenas de nosso interesse, na busca permanente do viver.
Muitas pessoas que recebem os exames laboratoriais, feitos a partir das requisições médicas, assim como o recebem, em envelopes normalmente com um selo fechando-o, entregam ao médico. Como se, abri-lo, contrariaria alguma norma ou lei. Exatamente o contrário. Abrir o envelope e ver o que contém, quais os resultados encontrados, é o primeiro passo na preservação de nossa saúde. Mas, dirá uma pessoa, de que adianta ler os resultados se não entendo nada de medicina? Aí está o “x” da questão. Vejamos um exemplo: exame de colesterol total, tão em moda e obrigatório nos problemas coronários.
Quando abrirmos o envelope destes exames, afora o resultado, aparecem várias informações, facilmente entendíveis pelos leigos, sendo duas as principais: uma, a que informa o resultado desejável e, outra, a que informa os últimos resultados. No caso, está escrito: adulto acima de 20 anos, máximo 190 mg/dl. E, o outro dado, importante: quais foram os últimos resultados, pois estes ficam arquivados na ficha do paciente, no laboratório. Com estes dados, não precisamos ser médicos para verificar se algo anda errado. Importante, também, para conversar com o médico sobre eles. Daí, voltamos ao início da primeira crônica: “Quem mais gosta de mim sou eu mesmo. ”