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Por Donato Heinen. Publicado em 10/09/2024

Paixão Côrtes - Herói do Brasil

Por Ivar Hartmann


Semana da Pátria, quando cultuamos nossos heróis. Um, por suas realizações e legado: Paixão Côrtes (1927-2018). Agrônomo, folclorista, compositor, pesquisador. A Semana Farroupilha que se aproxima, deve muito a ele, um dos fundadores do MTG, Movimento Tradicionalista Gaúcho, que agrega no Brasil mais de 2.575 Centros de Tradições Gaúchas (CTGs). Centros de Brasilidade. Além de CTGs em outros países, como China, Estados Unidos, Japão e Polônia. Que visam primordialmente a preservação e resgate dos costumes gaúchos. Com Barbosa Lessa e Glauco Saraiva, são os grandes responsáveis pela difusão da cultura gaúcha rio-grandense.

 Como Barbosa Lessa, Paixão Côrtes, em sucessivas viagens pelo interior do Estado, ressuscitou músicas, danças, vestimentas e culinária gaúcha, que estavam sendo esquecidas. Recolheram canções hoje do dia a dia, como Tatu, Pezinho, Chimarrita-balão, Balaio, Maçanico, Quero Mana, Tirana do Lenço, Xote Carreirinha. Esteve oito vezes na Europa, difundindo a cultura gaúcha, em países como a França, Alemanha e Inglaterra. Em 1948, fundou o primeiro CTG.

Deve ser o último herói brasileiro a ter uma estátua de corpo inteiro, em bronze, em praça pública. A estátua do Laçador. Do escultor Antônio Caringi e símbolo de Porto Alegre e do Estado. Como agrônomo, Paixão Côrtes foi responsável pela abertura do mercado da ovinocultura no Rio Grande do Sul. Trouxe da Europa novos métodos e tecnologias de tosquia, desossa e gastronomia, assim incentivando o consumo da carne ovina. Desenvolveu o trabalho de extensão agrícola no interior do Estado. Facilitado por "falar a mesma língua do homem do campo" conseguiu a implantação de novas tecnologias. O Rio Grande mereceu sua jornada. 

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