Golpes, golpes e mais golpes
O ditado popular diz que “o bom julgador, por si julga os outros". Verdade. Como somos pessoas de boa índole, parece-nos impossível que tenham sempre inúmeros vigaristas nos rondando ao telefone. O conto do bilhete premiado caiu em desuso, de tanto ser usado e da necessidade de dois patifes acharem uma pessoa idosa à porta de um banco. Pelos celulares é mais fácil, e um só é suficiente para armar a trampa, claro que coadjuvado por sequazes. Primeiro, diziam que estes golpes telefônicos eram aplicados a partir das cadeias, com presos ociosos, ligando ao acaso. Não é mais.
Esta semana, em dois dias, dois golpes diferentes. Segunda, entraram no meu cartão três despesas feitas com firmas de nomes estrangeiros. Bons valores. Primeiro, cancelei o cartão que agora estará visado pelos bandidos. Um dos gastos, a própria bandeira já tinha cancelado quando liguei, porque eu era apenas um de muitos que estavam na mira. Os outros dois lançamentos foram anotados para verificação. Imaginem quantas destas ocorrências, todos os dias.
No dia seguinte recebo uma chamada dizendo que o sistema de segurança do banco tinha verificado o lançamento de um pix de 2.000 reais em minha conta e por segurança me contatavam. Se verdadeiro o pix, eu deveria digitar o 1. Se não concordasse, o 2. Cheguei a digitar o 2, quando lembrei de um aviso permanente de todos os bancos: “Este banco não trabalha com ligações telefônicas para seus clientes. ” Desliguei com rapidez, e fui olhar minha conta bancária. Nada. Era golpe. Mais um. Apertando o 1 ou 2 ficava nas mãos dos embusteiros. No nosso espírito, grava-se a gentileza do banco para conosco. Com esta atenção com minha segurança, nada demais apertar uma das teclas. Aí? Babaus!