Os ladrões do INSS
Promotor de Justiça pelo interior do Rio Grande, cabia-nos abonar as despesas de alimentação dos presídios. Isso ocorreu em várias cidades. A informação, que era usual dos administradores destas casas de correção, era que os presos que criavam problemas eram os ladrões, sendo os reincidentes coisa comum. Ao contrário, os presos por homicídio ou lesões corporais, não davam trabalho. Lembrei isso na notícia antiga, novembro de 2011: Carlos Lupi foi acusado de envolvimento em polêmico caso de desvio de dinheiro público. Foi interrogado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
Como resultado, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou sua demissão. Era ministro do Trabalho nesse 2011, quando a presidente Dilma mandou ele embora pela gravidade do apurado. Vejam: havia uma Comissão de Ética Pública na Presidência da República. Com o atual titular do cargo, deve ter sido extinta, é claro. Agora, o patife de então, está sob as luzes de novo escândalo: desta vez contra os pobres brasileiros aposentados pelo INSS. Já ganham uma miséria, e iníquos como este, por si e seus prepostos, ainda acham meios de surrupiar-lhes parte deste pouco.
Sem autorização dos aposentados, com parcos ganhos, com deboche, egoísmo e canalhice, faziam descontos diretamente da conta de aposentados e pensionistas para sindicatos e associações que os logrados desconheciam. Mais de R$ 6 bilhões é o valor da fraude. Nos endereços dos ladrões foram encontrados carros de luxo e dinheiro. E o responsável, ao invés de ir direto para a cadeia, ainda tem a proteção de seu partido, o PDT. Com o presidente Lula, agora e antes, roubar é normal. Ladrões continuam dando mais trabalho que assassinos.