Os judeus e o óbvio
Vozes de raiva e ódio, em todo mundo, clamam contra a mortalidade ocasionada em Gaza pelas tropas dos judeus. Eles já estão acostumados a não ligar para protestos e reclamações. Devem estar pensando: não fomos ouvidos, quando clamamos por justiça, diante do nosso extermínio pelos nazistas na Europa. Porque vamos ouvir agora alguém no Oriente? Seis milhões de mortos, são um número muito mais expressivo do que milhares de mortos em Gaza, no Líbano, ou agora no Irã, por trágico que estas sejam. A história é sempre assim: o mais forte ou competente leva a vitória. E, números de soldados, armas e população não dizem nada.
O Irã é a antiga Pérsia. Em seu melhor período, chegou a ser do tamanho do Brasil. A Grécia, ao contrário, em seu máximo esplendor, era um amontoado de cidades livres ao longo principalmente do Mar Mediterrâneo. Persas e gregos lutaram em duas grandes campanhas. Na primeira, venceram os persas. Na batalha de Termópilas, calculam que havia 7 mil soldados gregos contra 200 mil soldados persas. Os persas venceram no local, mas perderam na sequência da sua invasão e se retiraram da Grécia. Mais tarde, foi a vez dos gregos invadirem a Pérsia com Alexandre, o Grande, com cerca de 35 mil soldados. Os persas tinham um exército calculado entre 100 e 120 mil soldados. Alexandre destruiu a Pérsia, que nunca mais foi a mesma, nem nos dias de hoje.
Os judeus são gregos modernos; persas continuam sendo persas. Israel tem os Estados Unidos e a Europa Ocidental como aliados. O Irã tem o Hamas, o Hezbollah, os houthis, já derrotados, e a Rússia como aliados. Será difícil analisar quem ganhará? Apesar de ser pauta da imprensa sensacionalista, guerra atômica alguma virá. E o mais competente sempre vencerá.