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Por Grande Santa Rosa Notícias. Publicado em 26/01/2024 as 21:45:56

Ramagem na mira da PF põe dúvida sobre candidatura bolsonarista no Rio

A PF cumpriu nesta quinta-feira (25) mandados de busca e apreensão no gabinete e no apartamento funcional de Ramagem


A operação da Polícia Federal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) apresentou uma candidatura incógnita à Prefeitura do Rio de Janeiro. O bolsonarista é investigado por monitoramentos ilegais feitos durante sua gestão na Abin (Agência Brasileira de Inteligência). 

A PF cumpriu nesta quinta-feira (25) mandatos de busca e apreensão no gabinete e no apartamento funcional de Ramagem, que também teve seu celular apreendido. O deputado nega as acusações 

Ramagem é homem de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi escolhido por ele para ser o pré-candidato na disputa municipal. No entanto, os aliados já levantaram dúvidas sobre a sua compreensão agora que é alvo da PF, o que pode minar alianças com partidos mais moderados de direita e de centro-direita.

A ala mais próxima do ex-presidente já traçou uma estratégia de colocação Ramagem como um perseguido político e alvo de uma conspiração entre o STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou a operação, e o governo Lula (PT).

A ideia é que, assim, a disputa fique ainda mais polarizada, fazendo com que o engajamento gere benefícios parlamentares. 

O próprio presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, falou sobre isso ao comentar as investigações 

Pelas redes sociais, o líder partidário escreveu: "Está claro que essa operação da PF contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do Bolsonaro. Isso é pura perseguição e pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro".

Há, porém, uma recepção de que ter um pré-candidato alvo de uma investigação seja um obstáculo para construir alianças políticas. Fontes próximas ouvidas pela Folha de S.Paulo veem, nesse sentido, a operação como um banho de água fria na candidatura de Ramagem, que já gerou insatisfação entre líderes de outros partidos.

No ano passado, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), promoveu um almoço com os presidentes estaduais do PP, MDB, União Brasil e Solidariedade para selar o apoio a Ramagem. Apesar do que foi aqui na conversa, nada avançou dali. 

Os líderes dessas legendas afirmam que ainda não receberam nenhum gesto do PL em troca da aliança. Pelo contrário, a ala mais bolsonarista –e, portanto, mais próxima de Ramagem– ainda defende uma chapa pura à prefeitura, fornecendo como possíveis vices o deputado federal Chris Tonietto ou o estadual Alan Lopes.

Com a operação da PF, essa insatisfação se juntou à incerteza do que aconteceu com Ramagem nos próximos meses. Eles não querem dividir o palanque com alguém que possa voltar a ser alvo de operações, a poucos meses da eleição, ou que possa até mesmo ser preso. O temor é de que isso respinga, de alguma forma, na imagem deles.

Ainda assim, embora os mais moderados do PL vejam um esfriamento da candidatura do deputado, eles mesmo admitem que uma decisão final será de Bolsonaro e irão acatar a palavra do ex-presidente.

Eles, porém, pontuam que ainda falta muito tempo para a escolha oficial do candidato. A candidatura só é sacramentada no início do segundo semestre, com as convenções partidárias, e o ex-chefe do Planalto tem um histórico de mudar de ideia na última hora.

Por causa da busca e apreensão, Ramagem foi retirado de todos os grupos do WhatsApp do PL e da oposição. É uma medida de praxe com todo o mundo que é alvo da PF – o mesmo foi feito com o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), alvo de operação na semana passada 

Há dois motivos para isso. Primeiro, o deputado teve o celular entendido, não possui mais aquele número. Segundo, os membros do grupo não querem que as novas mensagens vazem para a Polícia Federal.

Ao longo do dia de quinta-feira, Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, passou o dia se movimentando para o zagueiro Ramagem. O vereador é o principal fiador da pré-candidatura do deputado. É ele quem vai coordenar a campanha.

Usando o perfil do pai, Carlos fez cartas defendendo o aliado e alegando perseguição por ele ser o candidato de Bolsonaro no Rio.

No ano passado, os planos de Bolsonaro e do PL já tinham sofrido outro baque, com a denúncia de inelegibilidade do general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente em 2022 e foi cotado para a disputa municipal. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) considerou que ele cometeu abuso de poder político e econômico durante as comemorações do Bicentenário da Independência, junto com Bolsonaro 

POR FOLHAPRESS 


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