Notas e Apartes 1.620
Mapa da fome – No dia 6 deste mês, Lula comemorou a retirada do Brasil do Mapa da Fome da ONU. “Hoje sou o homem mais feliz do mundo”, afirmou. No Rio de Janeiro, no mesmo dia, moradores de uma favela saquearam uma carga de carne mesmo com soldados em um carro blindado da PM tentando impedir. Já ontem, a imprensa publicou notícia informando que o número de moradores de rua no Brasil dobrou em menos de dois anos, passando de 160 mil para 345 mil pessoas. Os dados são do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua da UFMG. Tudo indica que os burocratas da ONU têm razão: Lula acabou com a fome... Ahã.
Culpa – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, culpou “forças de extrema-direita que atuam junto à Casa Branca” pelo cancelamento de uma reunião virtual com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, marcada para esta quarta-feira, 13. Como diz o famoso “filósofo” Homer Simpson: “a culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser”.
Sanções – Acompanho o trabalho de Eduardo Bolsonaro e do jornalista Paulo Figueiredo nos EUA. Em nenhum momento eles solicitaram ao governo Trump a aplicação de tarifas de importação aos produtos do Brasil. Mas, sim, sanções pessoais da Lei Magnitsky ao ministro tirano e àqueles que colaboram com ele atentando contra os direitos humanos no Brasil e punindo cidadãos residentes legalmente nos Estados Unidos e empresas com sede naquele país.
Humilhação – “Pode ter certeza de uma coisa: o dia que a minha intuição me disser que o Trump está disposto a conversar, eu não terei dúvida de ligar para ele. Mas hoje a minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar”, declarou Lula em entrevista. Sabemos que é mais uma bravata. Ora, mesmo sem ligar, ele já concluiu que Trump não quer conversar. Os interesses nacionais devem estar acima do ego político. Como faz há mais de dois anos e meio, Lula prefere culpar Bolsonaro e a “extrema-direita”.
Confronto - Fica cada vez mais claro que Lula quer o confronto com os EUA, o que pode lhe render uma popularidade efêmera. Ele busca um inimigo externo para justificar o fracasso de seu governo. De acordo com o Tesouro Nacional, a dívida bruta do governo federal passou de R$ 7.670,49 trilhões em maio para R$ 7.883,20 trilhões em junho, um aumento de 2,77%. Ainda conforme o Tesouro, a dívida pode ficar entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões até o final de 2025.
Analogia – Fazendo uma analogia com o futebol, podemos dizer que Lula é um jogador que tromba com os adversários para “cavar” sucessivas faltas. Por enquanto, fora da área. O objetivo real é cavar um pênalti para justificar sua incompetência. Mas, quando a torcida (povo) acordar, verá que se trata de um atleta inapto, medíocre e incompetente e que recebeu suborno.
Terroristas – Donald Trump ordenou que o Pentágono use força militar contra cartéis de drogas latino-americanos considerados grupos terroristas. Segundo o The New York Times, ele assinou medida autorizando possíveis operações militares diretas contra cartéis no mar e no exterior. Trump oferece US$ 50 bi por Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. O líder do Blackwater grupo mercenário dos EUA, sugeriu que pode assassinar o ditador. De acordo com o portal Vida no Quartel, mercenários já estariam em solo venezuelano seguindo táticas de infiltração silenciosa.
Bravata – Em vídeo que circula na Internet, Maduro disse que é um homem de paz e que os EUA não se atrevam a atacar a Venezuela, porque isso seria o fim do império norte-americano. Trump deve ter perdido o sono. Enquanto isso, um ativista venezuelano que denunciou agressões contra mães de presos políticos foi preso esta semana por ordem do ditador.
Diferença – Durante o período do regime militar que governou o país, o Brasil teve grande prosperidade. Havia mais censura do que hoje, é verdade. Mas, a grande diferença em relação à ditadura do Judiciário que vivemos agora é que a incompetência e a corrupção levam uma parcela cada vez maior da população à pobreza e o déficit fiscal cresce de forma assustadora.
Decreto – Quando descem do muro, os isentões do Centrão o fazem pelo lado esquerdo. Até parece que acreditam que um decreto será publicado no Diário Oficial declarando que estamos numa ditadura. Enquanto dormem em berço esplêndido, a tirania do Judiciário avança célere. Por isso, o povo nas ruas será decisivo para o Centrão se posicionar em favor do Brasil.
Julgamento – O foro privilegiado, ou foro por prerrogativa de função, garante que determinadas autoridades públicas sejam julgadas por tribunais superiores, em vez das instâncias regulares. Muitos parlamentares respondem a processos no STF sem terem sido julgados em foros inferiores. Isso os torna reféns do Supremo. Enquanto viger o foro privilegiado, dificilmente teremos o impeachment de algum ministro do STF.
Hipocrisia – Há anos, a direita condena a erotização infantil. Enquanto isso, a esquerda diz que se trata de arte. Esta semana, o influenciador conhecido como Felca alertou que a erotização precoce de crianças alimenta a pedofilia. Conforme o Ministério dos Direitos Humanos, mais de 70% dos casos de exploração sexual infantil no Brasil ocorrem no ambiente familiar ou em círculos de confiança da criança. O governo Lula disse que vai encaminhar projeto de lei para condenar a erotização infantil. Hipócritas!
Limite – Áudio divulgado pelo ex-perito do TSE Eduardo Tagliaferro mostra o ex-juiz auxiliar de AM no TSE Airton Vieira dizendo que chegou ao limite físico, psicológico e emocional. O desabafo seria de 14 de janeiro de 2023. “Olha, realmente a coisa está feia, viu? Eu não aguento mais, física, psicológica e emocionalmente. Não consigo dormir sossegado, não tenho tranquilidade” disse Vieira. As provas reveladas por Tagliaferro devem ser decisivas para implodir a tirania do Judiciário
Enquete – Promovi, esta semana, enquete na minha página do Facebook. “A violência, no Brasil, vem crescendo nos últimos anos. Um dos motivos é a impunidade dos criminosos. Partindo desta premissa, na sua avaliação, quem é o principal responsável por isso? 1. O Congresso Nacional, que aprova a legislação penal; 2. A polícia, a quem cabe prevenir e investigar; 3. O Poder Judiciário, que julga os infratores”.
Resultado – Para 3,7%, a responsabilidade principal é da polícia (2), enquanto 18,5% votaram na opção 1 (Congresso Nacional). Já para 37% a culpa é, ao mesmo tempo, do Congresso e do Poder Judiciário, ante 40,8% que escolheram a opção 3 (Judiciário). Na minha opinião, pelo menos 80% da responsabilidade é do Parlamento, que aprovou a legislação penal FROUXA em vigor.
Donato Heinen