Notas e Apartes 1.632
Mídia – A megaoperação realizada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro no último dia 28, por determinação do governador Cláudio Castro e com base em mandados judiciais, é o assunto mais comentado no noticiário nacional nos últimos dias. Até a Globo, tradicional integrante da mídia do Velho Testamento, mostrou alguma sensatez ao noticiar os fatos. No domingo, o governador foi aplaudido de pé na missa celebrada na igreja que frequenta com a família.
Aprovação – A AtlasIntel divulgou pesquisa mostrando que a maioria da população aprova a megaoperação contra o Comando Vermelho realizada no Rio. No geral, 62,2% da população da cidade aprova a ação policial, enquanto 34,2% a desaprovam. Já em nível nacional, 55,2% das pessoas ouvidas aprovam, ante 42,3% que são contrárias. No segmento dos moradores de favelas do Rio, a megaoperação é aprovada por 87,6% dos pesquisados. Ou seja, as pessoas mais atingidas pela bandidagem são as que mais aprovam a ação policial.
Ideal – É evidente que a megaoperação realizada para combater o crime organizado não é a solução ideal. Mas a situação chegou a um nível insuportável com o avanço das facções criminosas e não restou outra alternativa. E o Supremo é um dos responsáveis pelo caos instalado nas favelas do Rio de Janeiro ao limitar as ações policiais através da chamada ADPF das favelas. O que animou o CV, que fez das favelas cariocas um reduto com leis próprias e serviu de base de treinamento de traficantes de outros 24 estados do país.
Explicações - O imperador do Xandaquistão, dom Pedro III, foi ao Rio de Janeiro na segunda-feira pedir explicações ao comandante da Capitania Hereditária sobre a megaoperação realizada pela polícia na semana passada. Em nome da democracia, ele proibiu que os participantes do encontro concedessem entrevistas. Para o STF e a esquerda, o problema é o governador e a polícia e não a bandidagem.
Matança – Surfando na onda da maioria, o presidente publicou no X, no dia 29: “não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas”. Ficou uma semana praticamente em silêncio. Ontem, se manifestou no Pará. Lula disse que “os mandados da Justiça eram de prisão e não tinha ordem de matança”. Coisa de “jênio”! Faltando uma semana para a tal COP30, ele já está hospedado em um barco do luxo em Belém desde sábado.
Presos – Ora, presidente. Já lhe ocorreu pensar que os 117 traficantes mortos atacaram a polícia com fuzis e bombas lançadas com drones? Pois é, os 99 que acataram a ordem judicial foram presos e estão vivos.
Lado - Alguém tem dúvida de que lado Lula e seu partido estão? Por que não querem que as facções criminosas sejam definidas como organizações terroristas? Afinal, na semana passada, eles perderam 117 eleitores. Pensando bem, o Filósofo de Garanhuns deve conhecer melhor a realidade das favelas do Rio do que 87,6% dos moradores que aprovam a ação policial.
Processo – O deputado Lindberg “Farinhas”, líder do PT na Câmara, acionou o STF contra o governador Castro por ter mantido contato com o governo dos EUA solicitando que o CV seja classificado como organização terrorista.
Caso crônico – As mentiras de Lula não têm limites. Na campanha eleitoral de 2022, disse que “o decreto de Bolsonaro que flexibilizou a compra de armas é para abastecer o crime organizado. Não acredito que alguém queira uma arma para o bem”. No mesmo ano, falou que “nunca teve interesse em ter uma arma”. Mas, em outo vídeo, desmente a si próprio ao dizer que tinha uma ‘garruchinha’ quando era mais jovem e namorava, em SP”. Diz ser contra armas, mas desde a campanha eleitoral vive cercado de seguranças armados.
Armas – O presidente foi desmentido pela PF, que disse que fábricas clandestinas de fuzis em SP e MG abastecem o CV, sendo que 25 armas apreendidas na operação correspondem a essa fábrica. Também houve captura de fuzis vindos da Venezuela, Peru e Argentina. Mais de 95% dos criminosos identificados tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho e 54% eram de fora do Estado. A mãe de um dos traficantes presos disse ao filho que ele não é vítima da sociedade, mas, sim, de suas escolhas.
Diversificação – Criado em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) está diversificando suas atividades. Além do tráfico de drogas, investe em postos de combustível, transporte público, mercado imobiliário, construção civil, fundos de investimento, jogos de azar, clubes esportivos, escolas de samba, agronegócio, entre outros. É o estado paralelo avançando.
Especialista – Do alto de seu conhecimento adquirido em salas confortáveis, a cientista política Jacqueline Muniz, professora do curso de Segurança Pública da UFF, disse na Globo que “um criminoso com um fuzil na mão é facilmente rendido por uma pistola, até por uma pedrada na cabeça. Enquanto ele tá tentando levantar o fuzil, alguém joga uma pedra e já derrubou o sujeito”. Na próxima operação, a polícia precisa convidá-la pra demonstrar isso na prática. Juntamente com alguns parlamentares e comentaristas da mídia.
Trabalhadores – A vereadora de Porto Alegre Karen Santos (PSOL) afirmou que pessoas que atuam no tráfico de drogas são “trabalhadores”. “Droga é uma mercadoria como qualquer outra, assim como o álcool, que é legalizado, o cigarro, que é legalizado, o açúcar, o café e medicamentos tarja preta”, declarou a parlamentar. Reflete o que essa gente pensa.
Solução mágica – O governo Lula encaminhou ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional, conhecida como PEC da Segurança Pública. Na prática, o objetivo é centralizar as ações de combate ao crime nas mãos da União, tirando dos estados essa competência. No melhor estilo dos asseclas do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O governo Lula sequer consegue evitar a entrada de armas e drogas no território nacional. Ver tudo centralizado nas mãos de um governo de esquerda é o sonho da bandidagem em geral.
Esquerda – Em nível mundial, a esquerda muitas vezes é conivente com os infratores da lei. No Brasil não é diferente. A surrada argumentação da defesa da democracia não se sustenta no mundo dos fatos. Um dos sequestradores do embaixador dos EUA no Brasil, em 1969, o jornalista Fernando Gabeira, ex-guerrilheiro, já admitiu várias vezes: “nós estávamos lutando para implantar a ditadura do proletariado, e não uma democracia”.
Auxílio - Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos, defende que a União preste assistência aos familiares dos 117 “suspeitos” mortos na megaoperação no Rio. A esquerda não tem limites na defesa da bandidagem. O possível auxílio já foi apelidado de Bolsa Facção.
Guarda-chuvas – “Terroristas bolsonaristas invadem Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF, em Brasília”. (Globo, 8.1.23). Falta dizer que, no Rio, “vítimas da sociedade portando guarda-chuvas foram assassinadas pela polícia”.
Donato Heinen

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