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Por Donato Heinen. Publicado em 17/10/2025 as 14:10:09

Rombo em estatais bate recorde sob governo Lula e chega a R$ 8,9 bilhões em 12 meses

Correios lideram prejuízos; empresas públicas acumulam perdas inéditas desde a redemocratização


O rombo nas estatais federais alcançou R$ 8,9 bilhões no acumulado de 12 meses até agosto de 2025, o maior prejuízo da história recente segundo dados do Banco Central do Brasil. Sob o atual governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as empresas públicas registraram R$ 8,3 bilhões em perdas apenas nos oito primeiros meses deste ano, superando em ritmo o déficit total de R$ 8,07 bilhões apurado em 2024.

A deterioração financeira encerra uma sequência de seis anos consecutivos de superávit obtidos entre 2017 e 2022, nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), e marca uma reversão estrutural no desempenho das estatais.

“Nunca antes na história deste país o prejuízo das estatais foi tão alto em tão pouco tempo”, afirmam analistas ouvidos pela imprensa econômica.

Correios concentram maior parte do rombo

O Correios lidera o quadro de prejuízos, com déficit de R$ 4,3 bilhões somente no primeiro semestre de 2025. A estatal, que já havia encerrado 2024 em situação deficitária, é apontada por especialistas como principal responsável pela explosão das perdas no setor público.

Outras empresas que também registraram resultados negativos foram o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), a DataPrev, a Infraero e a Emgepron, ligada à área naval.

Comparativo histórico

Entre 2017 e 2022, período posterior à saída de Dilma Rousseff, as estatais federais apresentaram superávits consistentes, chegando ao recorde de R$ 11,8 bilhões em 2019, durante o governo Bolsonaro. Em 2022, o último ano da gestão anterior, o saldo ainda era positivo, de R$ 6,1 bilhões.

Com o retorno do PT ao poder, a trajetória se inverteu. O déficit de R$ 8,3 bilhões de 2025 já supera, em termos reais, o maior rombo da era Dilma Rousseff, que havia sido de R$ 4,3 bilhões em 2015 — quase metade do prejuízo atual, sem contar a desvalorização do real.

Tendência de déficit histórico

Se mantido o ritmo atual, 2025 consolidará o PT como o partido que mais acumulou prejuízos em empresas públicas desde 2001. Dos 24 anos analisados, nove apresentaram déficit sob governos petistas (Lula e Dilma).

Segundo a série histórica do Banco Central, os resultados das estatais foram os seguintes:

  • 2001: superávit de R$ 9,4 bi
  • 2002: superávit de R$ 4,97 bi
  • 2003: superávit de R$ 3,02 bi
  • 2004: superávit de R$ 2,3 bi
  • 2005: superávit de R$ 4,2 bi
  • 2006: superávit de R$ 4,8 bi
  • 2007: déficit de R$ 1,3 bi
  • 2008: superávit de R$ 1,7 bi
  • 2009: superávit de R$ 1,3 bi
  • 2010: superávit de R$ 2,3 bi
  • 2011: superávit de R$ 2,7 bi
  • 2012: déficit de R$ 2,6 bi
  • 2013: déficit de R$ 321,5 mi
  • 2014: déficit de R$ 4,2 bi
  • 2015: déficit de R$ 4,3 bi
  • 2016: déficit de R$ 982,8 mi
  • 2017: superávit de R$ 362 mi
  • 2018: superávit de R$ 4,4 bi
  • 2019: superávit de R$ 11,8 bi
  • 2020: superávit de R$ 3,6 bi
  • 2021: superávit de R$ 2,9 bi
  • 2022: superávit de R$ 6,1 bi
  • 2023: déficit de R$ 2,2 bi
  • 2024: déficit de R$ 8,07 bi
  • 2025 (até agosto): déficit de R$ 8,3 bi

Especialistas veem risco de colapso financeiro

Economistas alertam que o desempenho das estatais pressiona as contas públicas e pode comprometer a meta fiscal estabelecida pelo Ministério da Fazenda. O cenário preocupa principalmente por ocorrer em um momento de reajuste da carga tributária e de queda no investimento privado.

Analistas classificam o déficit como “rombo estrutural”, apontando má gestão e aumento de despesas administrativas como causas principais.

“O que vemos é a volta de práticas de ineficiência e uso político das estatais, o que destrói o esforço de ajuste dos últimos seis anos”, disse um especialista em contas públicas ouvido pela imprensa.

 Portal Contra Fatos

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