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Operação “Muralha” em Getúlio Vargas prende policial penal. Diretora do Presídio e dois agentes prisionais foram afastados das funções

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Polícia de Getúlio Vargas, em conjunto com Corregedoria Geral e o Grupo de Atuações Especiais (GAES) da Polícia Penal, deflagraram, na manhã de hoje, 06/11/2025, a Operação “MURALHA”, com o objetivo de apurar e reprimir a prática de crimes de peculato, prevaricação, condescendência criminosa e outros fatos correlatos, cometidos por servidores públicos lotados no Presídio Estadual de Getúlio Vargas/RS.

A operação contou com a atuação de 39 Policiais Civis e 50 Policiais Penais e foi fundamentada em extensa análise técnica de imagens de videomonitoramento, depoimentos de policiais penais e apenados, relatórios da Corregedoria-Geral da SUSEPE e diversos documentos probatórios, que indicaram desvios sistemáticos de bens públicos e omissão dolosa dos agentes penais, os quais ocupam posição de chefia e direção no referido presídio 

 As diligências compreenderam a execução de mandados de busca e apreensão, cumpridos no interior da casa prisional e nas residências dos investigados.  Foram deflagradas ações para o afastamento funcional de três policiais penais além do cumprimento de uma prisão preventiva expedida contra um quarto agente penal.

O servidor contra o qual existia o mandado de prisão preventiva, foi preso pela Polícia Civil, na presença de Corregedores da Polícia Penal, quando estava em serviço na casa prisional de Getúlio Vargas.

Após as devidas formalidades e comunicação da prisão do policial penal, foram executadas buscas nas residências dos investigados, onde foram apreendidos diversos produtos dos crimes apurados como alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal bem como medicamentos controlados.

Em um dos locais, alvo de busca e apreensão, que consistia na residência do principal investigado, o qual já estava preso em razão da medida cautelar decretada, foram localizados medicamentos controlados, sem receituário médico e que, supostamente, teriam sido desviados da “farmácia” da casa prisional.  No mesmo local foram localizados munições de calibre .38 sem procedência.

Em razão disso, o indivíduo foi autuado em flagrante delito pelos crimes de posse irregular de munição e tráfico de entorpecentes.

Após as devidas formalidades realizadas na Delegacia de Getúlio Vargas, o policial penal preso foi entregue à Corregedoria Geral da Polícia Penal, a qual será responsável pela custódia do preso, permanecendo ele à disposição da Justiça.

Por: Ascom 11ª DPRI – Delegado Gustavo Ceccon