Lula mantém silêncio sobre escândalo de corrupção que envolve ex-nora e ex-sócio de Lulinha
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em silêncio após a Polícia Federal desmantelar, na semana passada, um esquema de corrupção milionário envolvendo verbas do Ministério da Educação (MEC). A investigação atinge pessoas ligadas ao núcleo familiar do presidente, incluindo sua ex-nora e um ex-sócio de Lulinha, seu filho.
Segundo a PF, o esquema operava dentro de prefeituras aliadas do governo federal, com pagamento de propina e fraudes em licitações financiadas por recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Ex-nora e ex-sócio de Lulinha entre os alvos
Entre os investigados estão Carla Ariane Trindade, ex-nora de Lula, e Kalil Bittar, ex-sócio e amigo de Fábio Luís Lula da Silva (Lulinha) nos tempos da Gamecorp. De acordo com a PF, ambos faziam parte do núcleo responsável por abrir portas e facilitar articulações políticas dentro do MEC e de órgãos ligados ao governo petista.
Os agentes federais afirmam que o grupo atuava para direcionar contratos superfaturados, com os lucros sendo lavados por meio de doleiros encarregados de repassar as propinas aos beneficiários do esquema.
Empresário preso e conexões com o MEC
O empresário André Gonçalves Mariano, dono da Life Tecnologia Educacional, é apontado como o pivô da operação. Preso pela PF, ele é suspeito de pagar propina a servidores e intermediários para garantir vantagens em licitações.
A investigação indica que os contratos da empresa renderam mais de R$ 100 milhões em negócios com prefeituras beneficiadas por repasses federais.
Documentos obtidos via Lei de Acesso à Informação revelam que a
ex-nora de Lula usou o nome do presidente para agendar uma reunião no MEC,
no gabinete do ministro Camilo Santana — o encontro, porém, não
consta na agenda oficial do titular da pasta.
Crescimento financeiro e suspeitas de favorecimento
Conforme a PF, a fortuna de Mariano cresceu de forma acelerada a partir da volta de Lula ao Planalto. O empresário, dono de imóveis e veículos de luxo em São Paulo, teria multiplicado seus ganhos de R$ 300 mil para valores milionários em apenas dois anos.
Os envolvidos poderão responder por corrupção, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Silêncio do governo e do presidente
Quase uma semana após a operação, Lula não se pronunciou sobre o caso que envolve familiares e aliados políticos diretos.
O ministro da Educação, Camilo Santana, também permanece em silêncio, sem comentar as denúncias que atingem sua pasta.
Enquanto isso, a oposição pressiona o governo a dar explicações públicas e a afastar os investigados até a conclusão do inquérito.
Contra Fatos
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