Campo Bom não é bom, é ótimo

Se olharmos o centro da cidade de Campo Bom, ele está situada em um vale, com coxilhas por três lados, incluindo a direção de Novo Hamburgo e abrindo-se rumo a Sapiranga. Foi dali, segundo a tradição, que foram exportados os primeiros pares de calçados nacionais, abrindo o mundo para os calçados gaúchos e brasileiros. E tornando necessária a estrada de ferro que saindo de Porto Alegre, alcançou a cidade em 1903 e se foi na direção de Canela. No centro da cidade que agora se esparrama pelas elevações próximas, se encontra a antiga estação do trem, no Largo Irmãos Vetter.  Merecida homenagem a empresa que doou o terreno e os tijolos para a construção da estação ferroviária. Local das atividades culturais e recreativas da comunidade, como shows e exposições.

Um casal de amigos se mudou de lá para Morro Reuter. Outro se mudou para Campo Bom. O primeiro sente saudades da cidade, o segundo dá graças a Deus por ter saído de Novo Hamburgo. Cidade pequena, limpa e industriosa. Entre os quase quinhentos municípios do Estado, foi o décimo em geração de empregos em abril de 2022, o que demonstra ter vencido a crise da COVID.

Para os moradores das cidades próximas, além das provas gauchescas e do Largo Irmãos Vetter, o destaque é a ciclovia construída pelo ex-prefeito Fips Schneider em 1977, para facilitar o deslocamento dos operários das fábricas de calçados. Primeira da América Latina. Nos seus mais de 20 km, tem sete deles formando um anel em torno do centro da cidade. Deste anel, três quilômetros correm ao lado de um riacho que mereceria melhor cuidado. Eles andam em um túnel verde, tornando-se   o melhor ponto para caminhar nestes dias de calor. É parte do cotidiano dos moradores desta região.