Notas e Apartes 1.528
Governança global – O nome é pomposo. Mas os reais objetivos por trás disso são a interferência cada vez maior de organismos internacionais na autonomia dos países, principalmente os em desenvolvimento. O Brasil entre eles. E Lula é defensor da governança global. Ele já fez diversas manifestações nesse sentido, principalmente ao concordar que a Amazônia é patrimônio mundial. Não é. É patrimônio dos brasileiros, no que diz respeito à parte situada no Brasil. As potências estrangeiras têm um único objetivo: se apropriar cada vez mais das riquezas minerais da Amazônia, que podem ser medidas em trilhões de dólares. “A governança global está parada no tempo e é preciso reforma-la”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, esta semana, em Nova Iorque.
Petróleo – Enquanto isso, burocratas brasileiros estão contra a exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas. É uma riqueza imensa que está lá, inexplorada. É preciso reconhecer que o governo federal defende a retirada desse petróleo. É uma medida acertada. Até Eduardo Bolsonaro e mais 36 parlamentares de direita assinaram manifesto em favor da extração do petróleo. Já os “burrocratras” querem ser mais realistas do que o rei. Defendem os interesses estrangeiros e com isso condenam grande parte da população da região amazônica a continuar na miséria.
Preços – O preço da carne baixou. O do arroz aumentou. Nem o aumento do preço do arroz e nem a diminuição do preço da carne tem a ver com alguma medida do governo. É o que dizem diversos economistas. Esses preços estão variando em virtude de fatores alheios a qualquer medida governamental. No caso da carne, na avaliação de pecuaristas, “estamos em período com oferta elevada de gado e com o preço do terneiro em baixa, o que leva à venda de fêmeas com a consequente oferta maior de gado no mercado interno”.
Agro – Chamado de fascista pelo presidente Lula, o agronegócio está salvando a lavoura do governo federal na formação do nosso Produto Interno Bruto (PIB). Sozinho, o agro contribuiu com cerca de 1,7 ponto percentual para a alta de 1,9% do PIB no primeiro semestre do ano. Apesar desta alta, em apenas 8 meses, o governo federal conseguiu gastar em torno de R$ 77 BILHÕES a mais do que arrecadou. Enquanto isso, o governo Bolsonaro encerrou 2022 com 54 BILHÕES de reais de superávit.
Pesquisa – Parece que a lua-de-mel do governo com o mercado financeiro e com a população em geral acabou. É o que diz pesquisa da Genial/Quaest divulgada ontem (19). Para o mercado financeiro, a meta do ministro Haddad de zerar o déficit em 2024 é uma “balela”. Apenas 5% acreditam na meta de déficit zero. E para 86% dos entrevistados, a meta fiscal do governo não será cumprida, mesmo que as receitas aumentem.
Manchetes – UOL: “Toffoli extrapola e mostra que não tem isenção para seguir no caso de Lula”. Estadão: “STF reitera uma narrativa política, mas não consegue apagar roubalheira revelada pela Lava Jato”. A recente decisão de anular as provas contra Lula nos processos de corrupção escancara a insegurança jurídica que vivemos e mostra o ativismo judicial cada vez maior do STF. Estranhamente, somente após a decisão de Toffoli, o Ministério da Justiça encaminhou ao STF documentação de cooperação jurídica enviada da Suíça comprovando o pagamento de propina pela Odebrecht.
Karaí – Tem nova erva-mate no mercado. Karaí é marca de propriedade da Regional Trade, do meu amigo Gerson Lauermann. Produzida em Itapuca, RS, a Karaí tem padrão selecionado de matéria-prima e perfil tradicional. A Karaí pode ser adquirida em vários pontos de venda em Santo Cristo e região.
Donato Heinen