Trump: senil ou gaiato?
Corre nos corredores oficiais dos países do mundo se as ameaças recentes de Trump, futuro presidente americano, que logo será empossado, são para valer ou bravatas ditas em festas em que abusou do álcool? Para enumerar algumas: Mudar o nome de Golfo de México para Golfo da América. Comprar ou invadir a Groenlândia. Anexar o Canadá. Apropriar-se do Canal do Panamá. Ditas assim, são mais as palavras de um bêbado inconsequente do que um futuro presidente. Por maior e forte que seja a nação que vai comandar. Afora as autorizações do Congresso Nacional americano, que não esteve nas mesmas festas e não bebeu como ele, há aspectos práticos.
Por exemplo: o Golfo do México é conhecido assim desde sempre e esta nomenclatura, afora estar marcada em qualquer carta geográfica de qualquer país do mundo, ainda tem a chancela da ONU. E um país não pode, por si, trocar o nome de um acidente geográfico. A compra ou invasão da Groenlândia soa ridícula, porque é um território europeu, autônomo, administrado por um membro da NATO. Qualquer país da NATO invadido, por seus estatutos, receberá declaração de guerra dos outros. À tentativa de anexação do Canadá, os canadenses vão responder à bala.
Finalmente, o ataque ao Canal do Panamá atingirá os negócios da China, da Rússia e outras potências rivais dos americanos. A guerra seria óbvia. Mais acertada está a presidente do México, Claudia Sheinbaum, que, em tom de brincadeira, afirmou no dia 8 de janeiro, que a América do Norte deveria se chamar “América Mexicana”. Por ser este o nome que aparece em um documento oficial de 1814 e também pela quantidade de mexicanos que vivem nos EUA. Para chamar a atenção, no Brasil, as pessoas se vestem diferentes.